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terça-feira, 30 de dezembro de 2014

ANO QUE VEM VIDA QUE SEGUE

ANO QUE VEM VIDA QUE SEGUE
*
Quando um ano vai embora
Um ano novo rebenta
Ser feliz a gente tenta
E promete a toda hora,
Tanto sorrir como chora
Nessa dita ocasião
Faz promessa e oração,
Mas a vida continua
Tanto a minha como a sua
Será só continuação.
*
Versos e foto de Dalinha Catunda
Feliz Ano, amigos

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

E POR FALAR EM RIO

E POR FALAR EM RIO
*
DALINHA CATUNDA
O meu rio está morrendo
Com tanta poluição
E também por falta d’água
Falta chuva no sertão.
*
ADELMO VASCONCELOS
Verdade, veja Dalinha 
Situações surreais 
Aqui sempre falta chuva 
Ali tem chuva demais.
*
DALINHA CATUNDA
Três anos de poucas chuvas
Já tem o meu Ceará
Se não chover este ano
Nem preá escapará.
*
ADELMO VASCONCELOS
Acabam preá, calango 
Triste sina, pobrezinhos 
Também não se ouve mais 
O canto dos passarinhos.
*
DALINHA CATUNDA
Com o sertão judiado
Só vinga mandacaru
Não faz zoada no açude
Nem sapo, nem cururu.
*
ADELMO VASCONCELOS
Essa preocupação 
Vejo em todos os cantos 
Ela é minha, é sua 
Também de Gilberto Santos.
*
DALINHA CATUNDA
A estiagem, amigo,
Jamais será coisa boa
São Paulo vive chorando
Com saudades da garoa.
*
DALINHA CATUNDA
Não temo água caudalosa
Porque também sou valente
Nem menino atrás da moita
Querendo espiar a gente.
*
GERALDO MATIAS
 Poeta no Ceará
Tem lugar que dá é dó
Está escasso o preá
É raro se ver mocó.
*
DALINHA CATUNDA
Esta faltando rolinha
E periquito também
Tá difícil de escutar
Até canto de vem-vem.
*
ADELMO VASCONCELOS
Tomar um banho no rio
Sem temer a correnteza
É deixar em todo corpo 
O cheiro da natureza.
*
DALINHA CATUNDA
Sempre fui menina afoita
Gostava de tibungar
Eu era igual a piaba
Nos rios do meu lugar
*
ADELMO VASCONCELOS
E lá na beira do rio
Havia gritos, barulhos 
Por dia, eu chegava a dar 
Cento e cinquenta mergulhos.
*
DALINHA CATUNDA
Cento e cinquenta mergulhos
Eu bem sei que você deu
Foi nessa mesma época
Que o Pinóquio apareceu.
*
Adelmo Vasconcelos
Dalinha, minha querida 
Na verdade, não contei 
Mas foi muito mais que isso 
Ou será que eu errei?
*
DALINHA CATUNDA
Já que você tá dizendo
Vou fingir que acredito
Mas mentira mal contada
Não acho nada bonito.
*
ADELMO VASCONCELOS
*As águas frias dos rios 
Traziam muita saúde 
Posso compará-las com 
A Fonte da Juventude.
*
DALINHA CATUNDA
Um mergulho num riacho
Um pulo da ribanceira
Era tudo que eu queria
Gostava da brincadeira.
*
ADELMO VASCONCELOS
Brincadeira num riacho 
Tão legal, eu quero bis
Eu ficava mais afoito 
Completamente feliz.
*
Foto de Dalinha Catunda
Versos de Dalinha Catunda, Adelmo Vasconcelos e Geraldo Matias.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

SABOR DO PIAUÍ


O SABOR DO PIAUÍ
*
Um passeio interessante
Eu já fiz ao Piauí
Nunca vi tanta comida
Larguei dieta e comi
Primeiro foi a peixada
Com piaba de entrada
E o pirão que repeti.
*
Um restaurante bonito
Com vista sensacional
Onde o Cabeça de Cuia
Tem estatua colossal
Onde encantada eu vi
O Parnaíba e o Poti
Num encontro fluvial.
*
Carne de sol suculenta
Eu comi com macaxeira
Era carneiro na brasa
Era garçom na peixeira
Descendo o sabor agreste
E eu que sou do Nordeste
Ali toda prazenteira.
*
Eu quase que me afogo
No sabor da cajuína
Rapadura de caju
Eu provei em Teresina
Eu comi que repeti
O doce de buriti
Sobremesa nordestina.
*
Já saí de Teresina
Com vontade de ficar
O cheiro da culinária
Continua a me rondar
E se tudo correr bem
Garanto: ano que vem,
Ao Piauí vou voltar.
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Versos e fotos de Dalinha Catunda.
Mais uma vez agradeço a hospitalidade do povo do Piauí.
Um Feliz Natal e um Ótimo Ano Novo para todos

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

RECEBENDO OS LOUROS



RECEBENDO OS LOUROS
Ainda estou encantada com minha ida a Teresina, quero aqui agradecer o presidente da Academia Piauiense de Literatura de Cordel – APLC, Pedro Nonato da Costa, que em nome da academia concedeu-me a Comenda de Mérito Cultural, Poeta Firmino Teixeira do Amaral.
Agradeço também a Pedro Costa e Luis Carlos, a inclusão do meu mais recente cordel, “Quem Nasceu Pra Lampião Jamais será Lamparina” na conceituada revista “DE REPENTE” que completou vinte anos de existência.
Texto e fotos de Dalinha Catunda