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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Fred Monteiro, Dalinha Catunda e o Rei do Baião


 









LUIZ GONZAGA NOS VERSOS DE: FRED MONTEIRO E DALINHA CATUNDA
*
Fred Monteiro
Eu nasci, cresci e vivo
ouvindo o rei do baião
o nosso bom Gonzagão
e dele fiquei cativo
do seu humor positivo
do seu carisma e sua voz
é o que fala por nós
e entende a fala da terra
e num forró pé-de-serra
é nascente, rio e foz !
*
Dalinha Catunda
Desde os tempos de menina
 Eu gostava de escutar
Luiz Gonzaga cantar
A música nordestina
Lembro-me de Carolina,
Na voz do rei Gonzagão,
E do pássaro carão
Que não me sai da memória
O nosso rei fez história
Encantando esta nação.
                                            
Fred Monteiro
Gonzaga é uma jóia pura
dessas que por ser tão raras
nos são cada vez mais caras
seu valor não se apura
e não há arquitetura
de valor que lhe compreenda
pois Gonzaga é nossa prenda
nossa ungüento e nossa cura
nosso ouro de fartura
nosso sol e nossa tenda

Dalinha Catunda
O Gonzaga é diamante
É nosso maior tesouro
É muito mais do que ouro
O nosso astro brilhante
Seu nome segue adiante
Disso ninguém duvida
Seu canto e sanfona em vida
Fez nosso povo vibrar
E o rei caboclo aclamar
Antes e após a partida.
*
Versos e fotos de Dalinha Catunda e Fred Monteiro

I FEIRA BRASILEIRA DO CORDEL


I FEIRA BRASILEIRA DO CORDEL
Acontecerá em Fortaleza-CE dias 17,18 e19 de julho de 2012, das 16h às 21h30 No Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, a I Feira Brasileira do Cordel. Lá estarão as maiores editoras do gênero
A I Feira de Literatura de Cordel receberá grandes nomes da nossa cultura popular. Vale apena conferir é só Clicar no cartaz.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

MESTRE AZULÃO, FESTA E FOTOS

Mestre Azulão cantando cordel e fazendo graça
Lobisomem, Rosário, Dalinha, Azulão André Ceciliano, esposa de Azulão Josinaldo Mocó
Da esquerda para direita:Fernando Assumpção, Dalinha Catunda, André Ceciliano, Azulão, Chiquita e a esposa de Azulão
Da direita para esquerda: Azulão e esposa, Chiquita, André Ceciliano e Dalinha Catunda

UMA MEDALHA PARA MESTRE AZULÃO
Foi no Palácio Tiradentes, Plenário Barbosa Lima Sobrinho, que Mestre Azulão emocionou a todos ao receber a Medalha Tiradentes.
Além dos admiradores da Feira de São Cristóvão como: Chiquita, Leonel, Josinaldo Mocó e esposa, entre outros, lá estiveram também seus companheiros de ABLC: Fernando Assumpção, Rosário Pinto, Victor Alvim e eu, Dalinha Catunda.
O Evento, foi conduzido pelo Deputado Estadual André Ceciliano, que junto com o Deputado Luiz Martins idealizaram a entrega da comenda.
Chiquita, cearense, dona de uma barraca de comidas tipicamente nordestinas, na Feira de São Cristóvão, foi a representante dos nordestinos falando sobre mestre Azulão e a convivência com ele na feira, onde os dois são figuras conhecidíssimas. Fui convidada a falar sobre Mestre Azulão e, com muito gosto, prestei minha homenagem em versos ao reconhecido poeta paraibano que tem mais de 300 títulos publicados.
É muito gratificante participar, no Rio de Janeiro, de uma homenagem prestada a um nordestino que ao longo de sua vida dedicou-se com afinco a cultura popular.
Parabéns Mestre Azulão.
*
Texto de Dalinha Catunda e fotos do seu acervo

quarta-feira, 20 de junho de 2012

CONCEBENDO MEU CAMINHO


CONCEBENDO MEU CAMINHO
*
Debruço-me na janela
Observo a vida a passar.
Ela quer bater em mim,
Mas não gosto de apanhar.
Vou abortando tristeza
E concebendo riqueza
Menosprezando o azar.
*
Eu sei que a vida promete
E eu gosto de acreditar.
Abro todos meus sentidos
Para a sorte penetrar.
Prenhe de felicidade
Eu vivo a minha verdade
Dou luz ao meu caminhar.
*
Texto de Dalinha Catunda
Foto do acervo de Dalinha Catunda

terça-feira, 19 de junho de 2012

Crato e Ipueiras Cantando a Natureza



DOIS CEARENSES NUM SÓ CANTO
Dalinha Catunda e Aldemá de Morais
*
Dalinha Catunda
Do sertão ninguém me aparta
Eu disto tenho certeza.
Admiro um rio cheio
E a força da correnteza.
A chuva que cai no chão
Dá roupa nova ao sertão
Veste o mesmo de beleza
Dalinha Catunda - Ipueiras - Ce
*
Admiro a natureza
Da forma que Deus criou
Vi preá correr na frente
De cachorro caçador
Mostrando ser mais ligeiro
Se esconder num balseiro
Nem o cachorro notou
Aldemá de Morais - Crato-Ce
*
O que um dia me espantou
Aldemá vou lhe contar:
Eu vi uma cobra verde
O seu bote preparar.
Uma rã ela pegou
Lentamente degustou...
É a cadeia alimentar!
  Dalinha Catunda - Ipueiras-Ce
*
Coisa de admirar
Que presenciei um dia
No aceiro da vazante
Já quase no fim do dia
Estava tangendo o gado
Quando olhei para o lado
Vi a vaca dando cria
Aldemá de Morais
*
Eu já tive a alegria,
De ver um bicho nascer.
Já vi cabra dando cria
E o cabrito aparecer.
Já vi bode bodejando,
E a pobre cabra cercando
Querendo cabrito fazer.
Dalinha Catunda
*
Troca de versos entre Dalinha Catunda e Aldemá de Morais 
Fotos de Dalinha Catunda tiradas no sítio de Ipueiras-Ce

quinta-feira, 14 de junho de 2012

MÃE-D' ÁGUA


MÃE-D’ÁGUA
*
Uma trama se desenha
Á penumbra me seduz
Vem montada no crepúsculo
A vontade que me induz
A mergulhar no desejo
Despudorada sem pejo
Só a paixão me conduz.
*
Não temo a boca da noite
Mergulho na escuridão
Desperta-me a mãe d’água
Nos mistérios da paixão,
Com meu canto fascinante
Astuta me faço amante
Nas garras da sedução.
*
Aprisionado ao meu canto,
Virilidade ele ostenta.
Arrebatado, lascivo,
 Desvencilhar-se não tenta,
E sempre que tenho sede
Jogo novamente a rede,
Ele cai e me contenta.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda

MADRINHA MENA E EU

Dalinha Catunda e Madrinha Mena na Estação Cordel em Palmas-TO
Madrinha Mena expondo cordéis em Palmas-TO

                                 UMA MULHER ENTUSIASTA DO CORDEL
Certo dia passando pelo centro da cidade deparei-me com uma banca de cordel. Não pensei duas vezes, parei. Na banca, uma senhora simpática atendeu-me, se esmerava para responder minhas perguntas e mostrava-me os folhetos solicitados.
Conversa vai, conversa vem, descobri que éramos conterrâneas, eu de Ipueiras e ela de Ipu, cidades vizinhas, no estado do Ceará. As coincidências não pararam por ai, como eu, ela também era da família Aragão. Daí pra frente à conversa ficou em casa.
Descobri que além de vender cordéis ela estava totalmente envolvida com a cultura popular. Foi aí que falei que era poeta e escrevia cordéis, diante da minha confissão convidou-me para assistir uma reunião de poetas na Confederação das Academias.
Guardei o endereço e ficou combinado que na próxima reunião eu compareceria. E assim foi feito. Lá, fui apresentada como poeta de Ipueiras e passei a frequentar as plenárias e foi assim que coloquei o pé na ABLC.
Minha conterrânea era nada mais nada menos que, Maria do Livramento Lima da Silva, esposa de Gonçalo Ferreira da Silva, presidente da ABLC. Intitulada, Madrinha Mena, a madrinha dos poetas. Foi pelas suas mãos que cheguei a ABLC e consequentemente a uma cadeira na Academia Brasileira de Literatura de Cordel.
O que mais me encanta em Madrinha Mena, além de sua simplicidade, é o grande amor que ela nutre pelo cordel, e sua eterna dedicação à cultura popular.
*
Texto e fotos de Dalinha Catunda


quarta-feira, 13 de junho de 2012

A SANTO ANTÔNIO


A SANTO ANTÔNIO
*
Ô meu Santo Antônio
Me ajude a casar
Eu quero um marido
Quero me arranjar
Se você não me der
Eu lhe jogo no mar.
*
O tempo se passa,
Você nada faz
Eu só esperando
Meu belo rapaz
Pois ficar solteira
A mim não apraz.
*
Meu santo querido
Meu santo adorado
Se eu morrer sozinha
Você é culpado!
Me arrume santinho...
Um bom namorado!
*
Texto Dalinha Catunda
Imagem: todasasoraçõescatólicas.blogspot.com

domingo, 10 de junho de 2012

BRIGUEI COM SANTO ANTÔNIO


BRIGUEI COM SANTO ANTÔNIO
*
A Santo Antônio Pedi
Com fé um bom casamento.
Parece que meu pedido
Caiu no esquecimento.
O desatento do Santo
Se lixou para o meu pranto
Nem ligou pro meu tormento.
*
Minha raiva foi crescendo
Do santo casamenteiro.
Cheguei mesmo a insultar
Xingando de embusteiro.
Se Santo Antônio Soubesse
O tanto que fiz de prece...
Me atenderia primeiro!
*
O tempo foi se passando
Eu ficando no caritó...
O Santinho do pau oco,
Não tinha um pingo de dó!
Cometi um desatino
Roubei do Santo o menino
E ele também ficou só.
*
Agora perdi a pressa
E também a esperança
Santo que não me atende
Eu não faço mais cobrança
Esse é meu procedimento:
Eu fico sem casamento
E ele fica sem criança!
*
Texto de Dalinha Catunda
Foto retirada do blog hippopotamo.blogspot

quinta-feira, 7 de junho de 2012

JANELAS QUE SE ABREM PARA O VERSO POPULAR


UM TIQUIM DE SAUDADE
*
Essa saudade que sinto
Parece espinho de palma
De manhã me fura o peito
De tarde me tira a calma
De noite é pelo encravado
Coçando dentro da alma
Hélio Crisanto
 SAUDADE DE POETA
*
Esta saudade que sentes,
É coisa só de poeta
Que o espinho espeta
E vai deixando sementes,
Vai encantando ambientes
Com este teu versejar
D’um jeito bem singular
Que toca meu coração,
Só sendo lá do sertão
Quem assim sabe cantar!
Dalinha Catunda
*
Foto de Hélio Crisanto retirada do blog Besta Fubana
Versos de Hélio Crisanto e Dalinha Catunda

quarta-feira, 6 de junho de 2012


AZULÃO UM MESTRE CANTADOR
*
Azulão canta bonito,
Azulão é cantador
Já cantou tanto na vida
Do repente é portador
Pra defender o povão
Canta dobrado azulão
Este mestre trovador.
*
É bardo que quando canta
Não tem pena de cantar.
As palavras vão brotando
Se espalhando pelo ar
É de fato um passarinho
Que abandonou o seu ninho
E migrou para cantar.
*
Texto e foto de Dalinha Catunda
Na foto, Mestre Azulão declamando na Feira de São Cristovão

segunda-feira, 4 de junho de 2012

O SERTÃO É DESSE JEITO

O SERTÃO É DESSE JEITO
*
O sertão é desse jeito
Quem manda é a natureza
Uma foto mostrando à seca
Representando a tristeza
Na outra um açude cheio
Mostrando a nossa beleza!
Aldemá de Morais
*
O sertão tem destas coisas
Assim é o meu nordeste.
A seca é mesmo inclemente
Esturrica nosso agreste,
Mesmo assim não desanima
O nosso cabra da peste.
Dalinha Catunda
*
INTERAÇÃO
Aldemá de Morais da ACC - Academia dos Cordelistas do Crato e
 Dalinha Catunda da ABLC – Academia Brasileira de Literatura de Cordel
Fotos de Dalinha Catunda